O que este livro de Manuel Miragaia Doldán, ´O Sentido do Infinito´, é: estremunhados fragmentos poéticos onde a vida pulsa num devir ontológico que assombra e desassombra quem procura a luz, com a preciosa e imponderável música e beleza da língua galega.
Amadeu Baptista, poeta português.
Na imortalidade perdemos a poesia. A finitude é a cercadura que dá forma ao que vivemos e que nos obriga a dar-lhe valor. Como um artesão, em O Sentido do Infinito, Miragaia puxa lustro às palavras e ensaia um exercício íntimo que nos leva à última fronteira e nos obriga a olhar a morte
cada leitor dirá como a encontrou!
João Morgado, poeta e romancista português.
A poesia do poeta galego Manuel Miragaia me remeteu ao desejo derradeiro de Sócrates: aprender uma ária na flauta poucos dias antes de tomar a cicuta. Refiro-me àquele vislumbre de sabedoria diante da iminência do fim. Se a filosofia, dizem, é a arte de morrer sem amarras, a poesia de Miragaia, digo, é a arte de viver sem elas.
Reynaldo Bessa, poeta, escritor, cantor e compositor brasileiro.
A transcendência como ideia do infinito reveste a poética de Manuel Miragaia e a sua poesia é dotada de uma força descomunal que não entra na esfera da superficialidade, mas a ultrapassa por meio da consciência. E a consciência é algo tão profundo que nenhuma imagem física tem o poder de definir, no entanto, a poesia de Manuel Miragaia conseguiu arrancar da profundidade do poeta e traduzir para além das palavras toda a nudez sem máscaras do infinito.
Roseli Arruda, poeta brasileira.
Miragaia oferece neste livro uma síntese fecunda entre a dimensão lírica e o conhecimento filosófico. Partindo da consciência de finitude, elabora uma interessante proposta que se nutre da reflexão, lúcida e serena, para acabar sugerindo a dissolução do eu individual na ´outridade`: Gotas fluindo num vasto oceano.
Xulio López Valcárcel, poeta, escritor e crítico literário galego.